Quem assistiu ao filme biográfico de Freddie Mercury, teve uma aula sobre sair da zona de conforto. Inclusive acho que ele nem sabe o que é isso!! Uma genialidade capaz de encantar gerações X, Y e Z. Meus filhos entram no carro e pedem pra ouvir Queen. Cantam e vibram com as musicas. Eu adoro me inspirar em pessoas que saíram da zona de conforto e mudaram de alguma forma o mundo em que vivemos.
Helena Blavatsky, no século XIX, Rússia, largou tudo e partiu numa viagem em busca de conhecimento filosófico e espiritual pelo Tibet. Vale a pena conhecer sua história.
Pessoas que arriscaram perder a segurança, o amor dos pais, a identidade social. Ousaram olhar pra fora daquela caixinha cheia de crenças que nos é imposta desde o momento em que chegamos ao mundo. A vida é assim, somos moldados para preencher expectativas, religiões e costumes criados sabe lá por quem e repetidos por séculos e séculos. Aqui me apodero da metáfora que discorre sobre as lagostas abandonando sua casca antiga, rígida e segura. De repente ela resolve se despir desta proteção e produzir uma nova casca, que a protegerá por mais um tempo, até que cresça o suficiente para novamente se sentir incomodada e fazer desse processo um ato cíclico. A muda das lagostas é contínua, ela tem um crescer permanente. Preciso contar uma coisa: eu sou fã das lagostas.
Podemos nos enxergar como criaturas em eterna evolução e crescimento. Crescemos como pessoas, como pais, mães, filhos, como cidadãos!! Apenas isso tem valor verdadeiro, o que está dentro da casca. Todo o resto é consequência.
Práticas como meditação, Tai chi, yoga e afins, permitem que uma parte de nossa consciência se torne observadora dos acontecimentos. Ela testemunha nossa movimentação pela zona de conforto e de aprendizado. Essa mente observadora não critica nem julga. Quando pisamos na zona de pânico, ela acolhe.
Assim vamos construindo nossos próprios limites, vivenciando novas capacidades e reinventando nossa casca. Fica a pergunta:
Somos capazes de buscar o que realmente queremos pra nossa vida? Ou ficamos passivamente aceitando as fórmulas que os outros oferecem?
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